quinta-feira, 4 de março de 2010

Faculdade Christus -GEPLE- Grupo de Estudos e Pesquisa do Lúdico na Educação


ALGUMAS VIVÊNCIAS NO GEPLE

A palavra ludicidade está ligada a jogo e teve sua origem com os filósofos. O jogo, encontrado em todas as culturas, acontece no cotidiano das pessoas. Segundo Ferreira (1988, p.402), ludicidade significa prazer, liberdade, criatividade, e apresenta uma relação muito íntima com a arte e a alegria. A ludicidade favorece os indivíduos, pois abrange aspectos individuais e sócio-culturais. Já criatividade significa dar existência a; tirar do nada; dar origem a; gerar; formar; dar princípio a; inventar; imaginar; produzir, de acordo com Ferreira (1988, p. 187). Para a Filosofia, a criatividade é uma força vital que produz situações novas. É o encontro do indivíduo com algo inusitado, um momento único, que gera ansiedade uma vez que promove um conflito interior intenso, resultando no medo ou no novo. A criação provém da imaginação, da necessidade que se manifesta pela projeção das imagens mentais nos indivíduos.
A habilidade de pensar criativamente torna-se necessária para a vida, pois se constitui em formas de se buscar saídas para a solução de problemas e de demonstrar ideias a outras pessoas. Essa linguagem se compõe de imagens e símbolos na mente do indivíduo. Reconhecendo essa necessidade, surgiu a idéia de se fundar um grupo de estudos voltados para a temática, no intuito de contribuir com a formação de professores. Assim, fomos, pouco a pouco, nos fundamentando e buscando vivenciar esses dois aspectos no Grupo de Estudos e Pesquisa do Lúdico, por meio de estudos, de dinâmicas, de vivências e atendimentos às crianças, exercitando essa ludicidade e ativando nossa criatividade, para podermos atuar de forma mais pontual em nossas salas de aula. O Grupo de Estudos e Pesquisa do Lúdico veio contribuir efetivamente com a prática dos professores, envolvendo-lhes em estudos de temáticas lúdicas e possibilitando-lhes discussões acerca de estudos teóricos e práticos. Discutimos as ações educativas na área com o propósito de aprimorar o ensino a partir de vivências lúdicas e criativas. As vivências no Grupo de Estudos Lúdicos desenvolvem a sensibilidade para perceber a arte no cotidiano das pessoas envolvidas nessas discussões e acabam promovendo significativas mudanças tanto em sua vida como em sua atuação profissional. Nos encontros semanais, costumamos fazer estudos de teóricos que são referências na temática arte-educação e ludicidade. Em decorrência disso, os participantes do grupo afirmam que suas vivências lúdicas se tornaram mais fundamentadas.
Nesse resgate, questionamos como costumavam brincar e com quem; como as brincadeiras eram realizadas; que cantigas cantavam; que cheiros permaneciam em suas memórias e assim a experiência estética vai surgindo. Constatou-se que os participantes ficavam envolvidos em uma atmosfera de sensibilidade e estreitavam laços afetivos que permaneceram ao longo dos quatro anos de encontro. Entre encontros de estudos teóricos e atividades dinâmicas, o propósito do grupo estava sempre na perspectiva da arte-educação (teatro, música, artes visuais, desenho, esculturas de argila, pinturas, construção de brinquedos e brincadeiras tradicionais), que se efetivaram quando ocorriam o atendimento às crianças de uma determinada comunidade. Vale ressaltar que o grupo organizava um planejamento das atividades fundamentais para o cumprimento da proposta lúdica. Enfim, os educadores precisam estar conscientes de seu papel como facilitadores no desenvolvimento do potencial de seus alunos. Brincar é uma forma prazerosa de aprender. Esse universo lúdico é rico de significações e possibilita o respeito à identidade do ser humano. A criatividade dos alunos pode ser favorecida dentro dessa proposta lúdica, devendo-se, para isso, criar condições necessárias para o estímulo à criatividade, em um ambiente propício para instigar ao máximo o desejo das descobertas e a busca do conhecimento, onde possa haver espaço para exploração, reflexão e questionamento do conhecimento adquirido. A criança tem o direito à fantasia e à imaginação, portanto, cabe-nos dar condições para que isso aconteça de forma que ela não se sinta incapaz de criar, pois todas as pessoas têm suas possibilidades.Todos somos capazes!

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