terça-feira, 2 de março de 2010

Homem: Ser essencialmente Lúdico


A organização social das crianças sofre sérias mudanças. Podemos dizer que as brincadeiras mudaram e que há um grande encurtamento desse tempo. Acreditamos que nossas crianças têm grandes possibilidades de se desenvolverem através da ludicidade, referente a atividades prazerosas ou que tem o caráter de jogos, brinquedos e divertimentos, e que os professores podem ser mediadores dessas atividades para o desenvolvimento, contextualizando-o à medida que ele possua fundamentação teórica para compreensão do “lúdico”, desenvolvendo na criança as suas potencialidades e possibilitando muitas reflexões.

Pensando em toda a dimensão humana, e buscando novos valores que possam valorizar a criatividade, a sensibilidade, a afetividade com certeza estaremos na direção dessa ludicidade. Por quê então a escola não pode ser o canal dessa busca, dessas vivências tão importantes na fase infantil?


A ludicidade promove uma grande ligação do aluno com todo o processo educacional. A figura do professor, que consegue prender a atenção dos alunos em seu jogo de palavras, seus movimentos e suas vivências, fazendo uma ponte entre o conhecimento e o cotidiano das crianças, é fundamental! É dever da educação, desde a pré-escola, favorecer o potencial criativo das crianças. A educação precisa deixar de agir como receituário, para propiciar oportunidades de manifestação e expressão do espírito dos educandos, e permitir o desenvolvimento da criatividade dentro de sua cultura.


Na escola as crianças passam boa parte do seu dia, ou pelo menos a metade dele, vivendo a influência de tudo que acontece ali, dos valores transmitidos que são fundamentais na sua aprendizagem. Será que conseguimos trabalhar o potencial criativo das crianças? Suas brincadeiras? Suas expressões artísticas, seus pensamentos, seus sentimentos, as suas reações, muito dizem sobre o mundo em que vivem?


Ao apresentarmos o lúdico enquanto atividade, possibilitamos que as crianças trabalhem além do cognitivo a afetividade, a socialização, o respeito à diversidade, os ritmos e o movimento dos corpos, o ouvir as melodias, enxergar o ser social que somos, com culturas e costumes diferentes. E não é isso que devemos aprender? A viver em sociedade?! O lúdico é sem dúvida um meio para isso. Precisamos re-significar vários conceitos de educação e de sociedade. O ensino deve seguir o princípio da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e vivenciar a cultura, o pensamento, a arte e o saber, educando para a autonomia com liberdade. De acordo com a LDB 9394/96, (2006, p. 36) A liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber é, além de norma constitucional inviolável, princípio fecundador do processo de aprendizagem com autonomia.

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